sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Leis da Lenoca 1

Se eu fosse legisladora ditaria logo uma norma: nada de elevador social e de serviços. Teríamos, sim, um para pessoas com menos de 35 anos, e outro para aquelas acima desta idade. Este, sem espelho, e além disto, com uma luz âmbar, para quem teimasse em se ver no espelhinho da bolsa. Já viram coisa mais brochante do que sua visão no espelho do elevador, com lâmpada fluorescente? Um horror: poros, rugas, frizz dos cabelos ou fios brancos, dentes amarelados, manchas na pele. Socorro senhores legisladores. Façam valer esta lei a bem da sanidade emocional dos vaidosos!

Frase muito legal

Alguém aí se identiifica com este pensamento? eu sim!
"Vou continuar, é exatamente da minha natureza nunca me sentir ridícula, eu me aventuro sempre, entro em todos os palcos."(Clarice Lispector)

colaboração de minha sensível amiga Carolina Campos

sábado, 20 de setembro de 2008

O que fazer com as bolsas?

Caros arquitetos, designers, donos de bares, restaurantes e afins. Nunca mais esqueçam: mulheres usam bolsas. E não vão ao toilette sem elas. Seja por causa do celular, do batom, de um lápis para realçar o make, de um lenço para enxugar as lágrimas, um calmante para sossegar a alma, ou por puro vício. Chegando no WC, desespero! Na maioria dos lugares públicos que se frequenta não há onde apoiá-las ou pendurá-las. E aí, o que se faz? Colocar as preciosidades - Miu Mius, Pradas, Guccis, marc Jacobs - no chão, nem pensar!!!

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Continuam confundindo alhos com bugalhos. Socorro!!!

Reedito aqui meu post de Junho 29, 2007, Prá não confundir alhos com bugalhos:
Um perigo usar estas palavras em inglês sem dominá-lo. Insistem em confundir o designer com o design, ou seja, o criador com a criatura. Designer é o que cria o desenho ou projeto, como Antônio Bernardo, Phillip Stark, Cláudia Moreira Salles, etc. Design é o resultado do projeto: a mesa, a luminária, a jóia, etc. Uma pessoa jamais será um design, a não ser de Deus.

domingo, 7 de setembro de 2008

O mito no palco.

Finalmente aconteceu o show de João Gilberto em Salvador. Foram semanas de expectativa, aflições para se conseguir as entradas, especulações quanto à sua presença no palco, e até mesmo bolsas de apostas no foyer quanto ao tempo de atraso. Foram 70 minutos , o que não surpreendeu nem irritou a platéia. Joãozinho entrou desaquecido, murmurou desculpas pouco audíveis e começou a dedilhar seu violão em meio às costumeiras queixas quanto ao microfone, ajuste do som, etc. A ansiedade no ambiente era grande: tratando-se dele, sempre se espera o pior. Entretanto, o espetáculo foi crescendo e tomando forma, e estar presente foi mesmo um privilégio. À sua maneira tímida e de pouicas palavras, o artista divertiu a platéia com pinceladas de histórias e memórias compreendidas com dificuldade - além de ele falar baixo, o som estava baixo também - mas amplamente aplaudidas mesmo assim. Era muito interessante observar que João canta para seu próprio deleite. Não há roteiro, direção ou setlist: ele canta o que quer e como quer. Nos momentos que desejou, após concluir a música tocou-a outra vez, com harmonia um pouco diferente. Por adorar a canção italiana Estate, cantou-a uma segunda vez, desta traduzindo os versos que mais o encantam, como para dividir o prazer com o público. O astro naturalmente reclamou daquele ventinho que sempre sopra na cabeça dele, e parece persegui-lo, seja em Tóquio, Berlim ou NY, e que já é folclore. Ele conquistou o direito de expor suas idiossincrasias! A performance em algumas canções foi fraquinha, mas se redimia em seguida com interpretações magistrais como as de Desafinado, O Pato, Retrato em Branco e Preto, e outras onde comprovou que é único no seu estilo. Levando-se em conta só o show, se diria que o público exagerava nos aplausos, mas na verdade ali se batiam palmas gurdadas há muito tempo, para uma carreira lindamente consagrada.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Aqui tudo parece que é ainda construção e já é ruína.

Lamentavelmente este verso da canção Fora da Ordem, de Caetano Veloso, não poderia descrever melhor o momento de Salvador. Há uma explosão de lançamentos imobiliários, oferecendo toda sorte de unidades, algumas com luxo e espaços para atividades inimagináveis. No que diz respeito a restaurantes e bares, dá-se o mesmo fenômeno, e não há um mês em que não se inaugurem novas casas. Shoppings cada vez mais bem equipados trazem novidades em lojas e serviços. Concessionárias oferecem carros magníficos, muitos deles importados, que se vendem como pão quente.Tudo isto gera empregos, o que é muito bom. Em contrapartida, a infra-estrutura da cidade não corresponde. É complicado bater o ponto na hora certa, utilizando o lastimável transporte público, insuficiente não só em quantidade e qualidade, senão também nas suas rotas. O trânsito, caótico em todas as áreas de maior fluxo, põe à prova os nervos de todos, especialmente daqueles que têm que cumprir uma agenda para sobreviver. A falta de ciclovias e a própria topografia da cidade inviabilizam o uso de bicicletas. Vias importantes da cidade, como a Avenida Magalhães Neto, por exemplo, não têm calçadas ou faixas de pedestre, o que obriga o cidadão que vai a qualquer local nas proximidades a colocar mais um carro no trânsito, para não ser atropelado. Calçadas, dos bairros mais ricos aos mais carentes, são esburacadas, desniveladas, tomadas pelo mato, lixo, ou inexistentes. Todos os candidatos a prefeito deveriam tentar caminhar por elas. Não só em campanhas ou no famoso corpo a corpo, e sim no seu bairro, nas imediações de seu escritório, indo a pé até a farmácia, ao barbeiro, à padaria ou a um prédio próximo. Seria um excelente treinamento para o cargo pretendido.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Pequeno dicionário para mulheres

Fazer compras é paixão da maioria das mulheres, mas diante da imposição dos fashionistas de rotular suas criações a cada estação com nomes estrangeiros, exige uma pesquisa antes da compra propriamente dita. Qual a diferença entre cache coeur, cache col e cache pot? É simples: cache em francês significa esconder, portanto, a 1ª esconde o coração (cruzando na frente sobre o colo e amarrando atrás ou na frente), a 2ª esconde o colo ou pescoço, portanto você só precisará pedir no inverno, e o cache pot esconde o pote de planta, logo, não será encontrado em loja feminina. A expressão peep toe quer dizer que o sapato tem um buraquinho na frente, por onde o dedão espia. Customizar vem do inglês customer, cliente, e significa transformar a peça até ficar a cara do cliente. Top é a parte de cima de qualquer conjunto. Não confundir com Topper, marca de roupas esportivas. Conclusão: comprar pode lhe fazer pagar grandes micos.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

O que encanta as mulheres

Você ainda acha q lugar de mulher é na cozinha? Que este é um espaço onde homem não entra? Se é assim, trate de rever seus valores. No ranking das qualidades masculinas que mais pesam numa paquera bem sucedida hoje, consta o domínio de panelas, temperos e especiarias. O mulherio também morre pela boca, e se derrete com a perspectiva de um personal chef – desde que organizado e cheiroso – ainda que só em ocasiões especiais. Eis por que atualmente os cursos de culinária andam repletos de cavalheiros cheios de segundas intenções!

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Novos restaurantes me preocupam!

A abertura de novos restaurantes na cidade é bem vinda, e, imaginando-se que os investidores pesquisam o mercado, deve ser um sinal de que a economia local está crescendo a ponto de ter público para todos. Entretanto, uma questão me preocupa. Estão colocando ênfase excessiva nos projetos de arquitetura e decoração, e esquecendo do serviço, e principalmente da razão principal pela qual se vai a um restaurante: para COMER!!! E comida tem que ter sua essência. As matérias primas, quando não respeitadas, se revoltam, e justo no seu estômago. Não se pode simplesmente querer ser moderninho e acolher todas as tendências gastronômicas num só prato. Isto é falta de cultura! Como bem disse um leitor meu, algumas destas experiências são "um verdadeiro atentado às papilas gustativas do cliente".

quarta-feira, 28 de maio de 2008

A Bahia vende São João, ai, ai, ai...

Nada contra os orgãos de turismo do Estado. Eles têm que ter criatividade, mas vamos com calma. Criatividade sem bom senso e estudo realista de viabilidade é sinal de perigo. Conheço pouco o interior do Estado, é verdade. Em parte pela dificuldade de percorrê-lo em tempo hábil. A escassez e má condição das estradas torna os mais simples passeios muito demorados. Em parte por comodismo mesmo. Mas isto não me impede de saber as reais condições de tais locais no que se refere a hotelaria, restaurantes, entretenimento, higiene, etc, sem falar na temeridade de trilhar suas estradas, seja por segurança de qualidade de pavimentação e sinalização, seja pela ameaça de assaltos. Me pergunto: será que as 475 localidade que se anuncia para os festejos juninos passaram por tão intenso desenvolvimento e eu não soube? Como será que paulistas, mineiros, gauchos e que tais vão encarar HORAS de estrada após chegar de vôo já exaustivo? Onde irão irão fazer as paradas necessárias no percurso?
Onde se hospedarão em municípios como Aiquara, Banzaê, Cafarnaum e afins? Como estarão equipados os municípios no que diz respeito a alimentos e bebidas? Que roupas de cama, colchões e travasseiros encontrarão e como se manterão ocupados fora das horas do forró? E, aliás, que categoria de forró encontrarão por aí? Que medo!!!

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Ah, estas nossa "otoridades"!!!!

Mais uma coisinha a estranhar neste nosso país: porque os poderes públicos gastam tantos milhões do nosso suado dinheirinho em propagandas? Imagina-se o valor dos IMENSOS outdoors espalhados por aí, poluindo visualmente as áreas. Porque eles insistem em usar chavões como "a cidade pediu, a prefeitura cumpre" e baboseiras similares? Quando se candidataram e se elegeram, não foi exatamente para executarem aquilo que a cidade, o estado, o país necessitam? Por favor, quem puder me explique.

"Se alguém cruzar seu caminho, não pergunte de onde veio, e sim para onde vai, para ver se podem ir juntos" frase de meu pai, simplificado de algo que leu de Nietsche.



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