colaboração da minha sábia Renata
Uma figura aquele Gilton. Trabalhava lá na casa de praia.Cada final de semana que chegávamos, quando perguntado se estava tudo bem, respondia: Mei lá, mei cá! Deus sabe o que ele queria dizer com aquilo. Não sei se expressava que a vida andava mais ou menos ou se a resposta refletia o banzo que sentia, por ter deixado a família em Lagarto, Sergipe. É como se o seu corpo estivesse aqui, e o coração lá. Mei lá, mei cá. Eu me identifico muito com Gilton. Em diversas ocasiões vejo a minha alma divagando por outros lugares onde andei. Há dias em que gostaria de voltar a viver em Barcelona ou em qualquer vilazinha da França ou Alemanha. Há outros em que me sinto aquecida pelo aconchego da família e pela água morninha da Bahia. Há épocas em que estou convicta de que quero ser uma executiva de sucesso. Há outras em que só penso em ter filhinhos, cozinhar e fazer ponto de cruz. Ah, e a profissão! Queria ser uma coisa diferente a cada dia: publicitária, jornalista, dançarina do Grupo Corpo ou qualquer coisa que passe bem longe de “excelentíssimo” e “data vênia”. Um sábio aquele Gilton! A melhor definição para esse estado de espírito é mesmo mei lá, mei cá.
www.makingaquilt.blogspot.com
Um comentário:
Tia Lenoca, pois eu tambem as vezes me sinto meio "Gilton", mei la, mei ca. Adorei este topico. Pois hoje na praia, contemplando a beleza de Soldiers Beach aqui na Australia, me vi com banzo da agua morninha de Salvador, da agua de coco, das barracas na praia...mei la e ca sabe?Beijao para voce! Vinha
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